domingo, 23 de janeiro de 2011

A Figura do Herói

A princípio vistos como seres que têm características necessárias para enfrentar situações épicas, isto é, que dizem respeito a fatos lendários e mitológicos; hoje mais adaptados para os tempos em que vivemos são vistos sob inúmeras formas: em filmes, quadrinhos, livros, seriados, e tantos outros. Com o avanço dos meios comunicativos, tudo se tornou mais prático afinal. E hoje, a figura de herói está presente em praticamente toda e qualquer estória.


Há ainda hoje editoras que lucram com estórias “épicas” envolvendo personagens fictícios com qualidades semi-divinas e dotados de poderes, isto é, super-heróis. É claro que elas visam dinheiro, vender jogos, bonecos, camisas, revistas e etc. Mas será que esses heróis e seus contos não possuem nenhum mérito?


Veja o Superman, um herói americano que defende sua nação, lutando por ela e protegendo os cidadãos. Ele foi símbolo do patriotismo em seu país, num período de dificuldades: o país sofria desde a crise de 1929 (devido à quebra da bolsa de valores). Esse período da “grande depressão” só começou a obter melhoras em 1933 com o plano New Deal, mas o país sofreu muito ainda até 1940. Mas quem traria o orgulho de volta à nação? Correto... O super-homem. Foi criado em 1938, publicado pela editora estadunidense Dc comics. E tem como características marcantes servir de exemplo para os leitores. O super-homem levantou a auto-estima do povo americano mesmo que um pouco, mas serviu ao seu propósito e até hoje serve.


Em contrapartida, há pessoas cansadas de agirem dentro das leis que oferecem invulnerabilidade para os que estão no poder, e querem ver não apenas um herói, mas um revolucionário que mude o que temos como noção de herói, que quebre as barreiras do que pode ser considerado “correto ou errado”, porque ser herói é defender algo. Custe o que custar... O Justiceiro (da Marvel comics) é um exemplo disso. Frank Castle é um assassino procurado, mas mesmo com métodos “sujos”, ele defende seu ideal e combate o crime. Mesmo que seja com outro. E carrega o fardo de todos os crimes para si, mesmo reduzindo os números gerais.

Outra maneira encontrada para humanizar a figura de herói é retratá-lo como uma pessoa comum que luta por algo e defende-o, pode ser uma pessoa, um lugar, um povo, um objeto. Um indivíduo que enfrenta dificuldades e vence todas. Nesse caso o personagem enfrenta dificuldades pessoais ou sociais e é mais visto em filmes.


Bom, todavia, a figura do herói é importante e se faz presente. Para muitos não passa de besteira entender as dificuldades e mudanças que um personagem sofre por ser herói, mas é vital que isto seja bem observado. Eles enfrentam sua própria identidade e sentem-se divididos entre viver em prol de si, como qualquer humano podre faria ou lutar pelo bem desses mesmos humanos, acreditando que eles possam mudar e “lutando” por isso. E põem suas “máscaras”, rs, característica marcante em quadrinhos. Eles devem esconder sua identidade, não faltam casos reais de figurões morrendo pelo poder a eles concebidos, pessoas que abalariam o sistema, como o Assassinato de John F. Kennedy nos estados unidos, e de João Goulart no Brasil.


Heróis de verdade, são humanos, são ativistas que lutam por uma causa nobre, são cientistas que fazem uma vacina, são animais que resgatam pessoas, há tantos e estão por todo lugar! São humanos sim, com todas suas características e duplicidades, embora muitos façam isso por não possuírem alternativa, existem heróis verdadeiros. Estes são aqueles que são autênticos altruístas e não humanos ofuscando seu egoísmo. Heróis são necessários! Se não acreditarmos que grandes mudanças possam ser feitas pela pessoa certa, pela pessoa predestinada, em que acreditaríamos? Em que iríamos nos apoiar pra acreditar num futuro mais justo?


Precisamos de heróis... Precisamos de heróis.


E apelo a vocês, caros leitores, não apenas leiam isso e fiquem estagnados. Desde agora seja mais heróico, mais altruísta. Um dilema pra todo herói está em decidir viver uma vida normal, comum, ou melhorar o mundo em que vive. Todos querem um mundo melhor!


Reflitam acerca desse trecho:


“Nos quadrinhos existem basicamente três tipos de personagens: os heróis, os vilões e os figurantes, pessoas de pouca ou nenhuma importância para a história, sempre a mercê dos perigos, esperando serem salvos. Cabe a nós perguntar: com quem que nós mais nos identificamos? E com quem que nós mais queremos nos identificar?”


...

Stan Lee, criador e roteirista de quadrinhos Marvel, autor de heróis como: Hulk e Homem-Aranha. Um homem realmente bom e que dedicou toda a sua vida a seu trabalho que influenciou e influencia pessoas até hoje, a lutarem por um mundo melhor, assim como ele.

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