segunda-feira, 25 de abril de 2011

O Homem que Julga

(Jesus e Madalena)

O maior legado do homem sempre foi e sempre será o EGOÍSMO, o EGOCENTRISMO.

O homem é um “animal que pensa”, vive ofuscando sua natureza selvagem, mas não pode apagá-la, jamais deixarão de serem animais que lutam pela sobrevivência e acima de tudo como maior característica dos humanos (a maioria), egoístas! Humanos que se glorificam que se põe em pedestais, que se julgam melhores que os outros, sejam por questões étnicas, financeiras, culturais, físicas ou comportamentais, e tantas outras diferenças. Humanos têm a péssima mania de classificar as coisas, de rotular atitudes e pensamentos como certos ou errados, como bem ou mal, como feio ou bonito, como novo ou velho, rs, pura perda de tempo.

Sabem que cada uma dessas definições tem suas vantagens e desvantagens próprias porque o homem ainda insiste em dizer que uma é melhor que outra? Simples, porque A DELE sempre será a melhor. Sempre haverá aquele que julga e aquele que é julgado e o homem sempre oscilará por várias vezes entre os dois lados da guerra, se sentirá “supremo” o suficiente pra julgar os outros, para defini-los e sentir-se “o melhor”. Julgam homens, mulheres, crianças, idosos; julgam em nome de seus egos. Não estou falando de julgamentos jurídicos e sim, preconceituosos.
  
Pessoas se preocupam que a violência atinja seus filhos, se preocupam em "PUNIR" assassinos e criminosos, mas não passa pelas suas cabeças que seus próprios filhos sejam os assassinos de amanhã. E que outros vão querer puni-los e pisá-los. Chamar aquela criança, que você criou com amor e viu crescer, de MONSTRO! Querer tirar a vida dela, como se fosse o culpado da violência do mundo. E isto é horrendamente cruel. A população despenca sua raiva sobre um único ser que é fruto dela mesma e de sua falta de atitude contra os erros que estão sendo cometidos. O homem sente a necessidade de punir pra fazer "justiça", sendo que o conceito da mesma ainda é muito vago segundo as definições atuais.

Humanos jogam a culpa de seus atos para os outros, frutos de suas conseqüências, e os punem pelo resultado disso. É fácil pensar como uma mãe, um pai ou família, em geral, de uma pessoa assassinada sente-se revoltada e pensa apenas em vingança, mas na hora de discutir a educação de seus filhos ou o comportamento da criança, ignoram. Ninguém pensa que seu filho já pode estar “contaminado” por toda essa violência e onda de caos. Culpa do ego mais uma vez. Veja a citação a seguir:

"Estamos habituados a julgar os outros por nós próprios, e se os absolvemos complacentemente dos nossos defeitos, condenamo-los com severidade por não terem as nossas qualidades." (Honoré de Balzac)

Assim é o homem, vê em quem julga apenas os defeitos que não lhe são semelhantes. Todavia, julgar é algo muito complexo para que um ser tão egoísta quanto o homem possa fazer. Algo muito mais superior do que a dignidade de todos os que se dizem “justos”. Não julgue ninguém pelas suas características, pelo seu comportamento, pelo que seus sentidos mostram. Conhecer um ser vai muito além disso, requer um somatório de atitudes e pensamentos, de momentos, de história, de traços genéticos e meio de convívio da pessoa. Não seja mais um ser alimentando seu ego, jurando ser o melhor dos melhores. Diferenças existem e os homens usam isso para classificar as coisas, até aí tudo bem para fins de organização, mas julgar pelas diferenças é algo irrelevante para seres tão egocêntricos como os humanos.

2 comentários:

  1. "Chamar aquela criança, que você criou com amor e viu crescer, de MONSTRO! Querer tirar a vida dela, como se fosse o culpado da violência do mundo. E isto é horrendamente cruel. A população despenca sua raiva sobre um único ser que é fruto dela mesma e de sua falta de atitude contra os erros que estão sendo cometidos. O homem sente a necessidade de punir pra fazer "justiça", sendo que o conceito da mesma ainda é muito vago segundo as definições atuais."

    Realmente muito boa esta parte! A questão das pessoas de quererem ser as donas da verdade é uma coisa mais velha que a própia fome, é transgredindo que a sociedade aprende, foi preciso Adão nos condenar à morte para sentirmos que precisamos torcer pela existência de um paraíso e um Deus supremo que nos salvará para dar sentido a nossas existência no universo...

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  2. "[...]foi preciso Adão nos condenar à morte para sentirmos que precisamos torcer pela existência de um paraíso e um Deus supremo que nos salvará para dar sentido a nossas existência no universo."

    Exato. O ser humano logo ao pensar na sua mortalidade sentiu a necessidade da existência de um paraíso, de um Deus que os salva e lhes dá a vida eterna, a reencarnação, etc. E essa fé já vem de muito antes da formação das igrejas, o homem desde que se entende por mortal, criou diversos mitos e contos sobre vida-pós morte. É uma necessidade do homem. Nunca peça pra alguém aceitar a própria morte como o fim de tudo pois ela dirá: "Como sabe se ainda não morreu?"
    E se você perguntar a ela sobre vida-pós morte: "Como sabe se ainda não morreu?"
    Ela dirá: " Porque eu sei!"
    Isto é fé e contra isso é impossível lutar, é um pensamento que põe os pensamentos do homem onde ele quer, que o cega pra outras coisas bem a sua frente. Quem dera o homem tivesse mais fé nas pessoas que elas julgam, quem dera elas tivessem mais fé num mundo pacato. Quem dera...

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